sábado, 9 de julho de 2011

Deixa ver




Estou de saía pra lua.
Talvez lá haja qualquer abrigo,
Qualquer abraço. Casa de algum amigo
Esboço qualquer de lar.

Estou de saída pra Lua.
Talvez dois passos, talvez do outro lado rua
Haja alguma luz, alguma esperança,
Como se viver fosse deixar
Pra traz o lado escuro da vida

Talvez eu leve o mundo na mochila
 E um punhado de fé no bolso
Pras horas de suicídio
Alguma forma humana de me proteger
Alguma forma de reaprender a andar
Alguma forma de mágica

Talvez esse seja o fim de nossas vidas
Deixa ver se há motivos pra mudar
Se a casa vai mesmo desabar
Deixa ver se há amor em tantos cortes
Se há sorte, se há crença, a sentença
Deste estado de desilusão
Se o fim está mesmo do outro lado dos olhos
Do outro lado da porta.


Manoel Guedes de Almeida
Teresina – PI, 09 de julho de 2011