domingo, 16 de janeiro de 2011

Cajuína
À Eunice Almeida

E quando existe um demônio dentro de ti
Que te consome por dentro,que te dissolve
Que dissolve a esperança, o passado
Que desfaz o futuro, a mesa posta
Cada gota de ânimo
Um demônio no teu colo, na tua estrutura
Um demônio na tua cabeça, na tua palavra
Em cada célula do teu corpo
Que te mata de sede, que te prende na carne
Que te afasta da tua presença, do teu natal
Dos que tu mais ama
Que te faz temer o dia, querer a morte,
E quando não há o que se possa fazer?

Manoel Guedes de Almeida
Floriano-PI, 16 de janeiro de 2011.