Epitálamo
Por que, meu senhor, queres que eu me cale?!
Se paras, não paro, não te suporto assim
e, cardinal, não me calo
Quando ficas assim, tristonho
E tentas entender o por quê
Das coisas todas deste mundo..., olha,
Não chores não..., não assim, calado,
Impotente ante as trevas do passado
Nem penses que o amor é vão
O amor não é vão!
O vão das coisas é apenas ausência
[ausentemos-nos, então!
Cá, por um instante apenas me calo.
Não abalo mais a porta da tua ciência
Nem mais espreito a fechadura do teu ser – seja
Ou escondo-me tal qual criança tonta
Sob o véu do inexistente
[existamos?!
Pois se este peito pulsa, tu bem o sentes.
Trava os lábios, emudece...
Tremula e beija.
Manoel Guedes de Almeida
Teresina - PI, 20 de maio de 2009.
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