Desejo
Quero todas as minhas lembranças ao alcance de mim
Assim talvez eu nunca envelheça
Talvez assim eu nunca enlouqueça
Serei a lembrança do que fui. E o amor perdido.
Por isso tantas fotografias
Tantas cartas, tantas caixas
Tantos quadros na parede...
- Mas um dia não haverá mais parede.
Nesse dia não haverá mais desejo.
Por isso as pegadas no tapete
- às refaço sempre que possível
E o sol de giz nas calçadas
-esse, persistirá além do pó.
E o pó sobre tudo. O pó sobre mim.
O pó sobre você.
Manoel Guedes de Almeida
Teresina – PI, 02 de maio de 2011.
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