quinta-feira, 13 de novembro de 2008


Improbabilidade

Acaso: "Imprevisível!".
Diz o Aurélio
Pobre Aurelius...Pobre Aurelius...

E no acaso em que me encontro,
Passo a passo,
Sigo como quem não vê (e vê-se)
Procurando em cada gesto teu
O acaso dos atos meus.

Acaso: "insubstantivo indeterminado
Imprevisível incontrolável ".
Diz meus olhos fechados
E minha pupila que brilha,
Negra,
Sob a orgia de minha vida
Que dança como uma rapariga
Sobre a mesa de um bar.

"Acaso"...
Diz meus lábios trêmulos
E na lúgubre acidez
Do veneno que bebo
Me vejo
Refletido no espelho
Da Alma
Que não me habita mais.

E canto e danço,
Frenético,
Como uma puta de motel
Que se despe ao meu lado
Feliz por um amor de
Incidências.

"Co-incidências"
Digo em voz baixa, raquítica,
Sussurro...
"Por que é tem que ser assim!?"
E percebo nossa música
Que toca,
"Que toca (me)"
"Pucca 'A'ma Garu!".
"Sua espada é sua cadeira...".

Ouço uma voz que não vejo
E me faço feliz
Certo do acaso do Mundo (nosso)
Gerador de Improbabilidade infinita

"Te 'A'mo muito e para sempre, todo O Sempre".
Sinto uma voz rouca
Que ecoa
Aqui
Dentro de mim.


Manoel Guedes de Almeida
Floriano-PI, 24 de Abril de 2007.

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