sábado, 15 de novembro de 2008




Um barquinho de papel no infinito

Meu amor é infinito e não me cabe.
Por isso grito e grito bem alto.
Por isso digo te amo e te amo e te amo
E te amo desesperadamente!
Não há espaço em mim pra tanto.
Quero banhar-te em cada gota
Desse fluido invisível que me sai;
Enlaçar-nos nele,
Fazer dele balanço e balançar-nos nele,
Fazer dele casa e cama e vivermos nele,
Fazer-lo alimento,
Tece-lo nosso pijama;
Faze-lo barquinho de papel
E navegar por todo o Metatlântico de amar,
Pois meu amor é mar dos mares,
Mar de céu azul sem fim.
Por isso toda essa necessidade só minha
De auto-afirmação constante de amar;
E digo baixinho, e digo sempre, só pra mim,
A cada segundo "te amo",
E escrevo nas folhas do caderno,
Em cada canto em branco
Onde caiba "Amor",
É que sou louco sano
Que sai gritando na rua bem alto
Em dia de chuva,
"TE AMO MUITO E PRA SEMPRE, MEU AMOR!"


Manoel Guedes de Almeida
Santos-SP, 12 de abril de 2008

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