domingo, 13 de setembro de 2009

Dejavù


Dejavù

Saio na rua a vagar, procurando as migalhas
De um passado perdido. Procurando
A esperança que juro ter tido quando criança. Procurando
A inspiração que fizera pulsar meu peito outrora. Procurando
Os sorrisos que perdi na escuridão destas lembranças,
As promessas que esqueci em meio a tantas conversas
Os poemas que fiz a giz no piso das calçadas

Saio devagar rumo a não sei onde
Os caminhos só me levam a outros caminhos
- e são todos iguais

Saio sem pressa... a noite dissolveu a todos,
A cidade embriagou o espírito do homem.
Ando sem pressa... lareira que se desfaz, fogo esparso,
Passado em chamas...
- castelos, cartas, girassóis singelos...
E a vida a palpitar frenética
como quem me chama.


Manoel Guedes de Almeida
Teresina-PI, 12 de setembro de 2009.

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