quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dor

Dor

E quando penso que algumas coisas não são pra sempre
Me dói o peito
Porque é como se parte minha morresse com cada sentimento que passa
Porque na verdade eles nunca passam ...
Então serei eu ao final da vida
Uma cama vazia, um chão repleto de livros e lágrimas, e a solidão ao redor de tudo,
Serei apenas uma célula de equação vazia

Então, a dor é isto?!
Esse embrulho na alma, esse vazio infinito?
Esse sentimento disperso num mundo disperso
Essa vontade de correr da vida?

Mas meus pés não se movem
E uma vontade imensa de cair me envolve
Deito no chão, o chão não me basta
Preciso de algo mais profundo, algo que me faça adormecer
O chão me escapa aos pés,
mas meus olhos estão abertos enquanto você dorme
eu de perto sinto
seu cheiro ainda nos meus lençóis

Essa intoxicação, essa vontade insana de desbravar o mundo
Como se eu fosse bússola e qualquer caminho levasse ao mesmo caminho
Se não houvesse se não um destino e os meus caminhos me levassem a você

Primeiro te afastei, pra você vê, logo mais te abracei
Depois éramos um só ser sorrindo, e vê
A imensa falta que você me faz


Manoel Guedes de Almeida
Teresina – PI, 06 de outubro de 2010.

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